O futuro não é mais como antigamente. Quando imaginamos que outros humanos seriam capazes de criar softwares inteiros sem nem saber uma única linguagem de programação ou até o que é um banco de dados?

Entramos em uma nova era de criação de soluções, onde o antigo modelo de grandes investimentos em softwares pesados e atualizações periódicas perde espaço para abordagens mais ágeis, gerativas e dinâmicas. Grandes sistemas de ERP e CRM, que custaram milhões e exigiram anos para serem implementados, começam a ser questionados em sua efetividade e agilidade diante das novas demandas do mercado.

A tecnologia avança de forma tão rápida que as integrações tradicionais se tornam ganchos que atrasam o movimento natural das organizações. O legado, antes considerado patrimônio, agora é visto como âncora, representa uma pausa no tempo, uma resistência à velocidade dos novos paradigmas de criação de software, de interfaces e de relações com a tecnologia que já acontecem para muito além da velocidade do carro mais rápido do mundo. Enquanto isso, surgem projetos capazes de criar softwares inteiros de forma generativa, utilizando comunidades abertas e ferramentas de desenvolvimento por inteligência artificial.

Klarna, por exemplo, é uma empresa sueca que teve a coragem de recriar um dos softwares ligados diretamente ao Core Business da companhia de forma generativa, usando a comunidade do Hugging Face e do X (Ex-Twitter).

O problema é que a TI está em todas as partes. Executivos, que agora desenvolvem softwares no mesmo aplicativo onde antes faziam perguntas aleatórias, pressionam por uma redução de 80% nos orçamentos destinados a atualizações, dependência de sistemas legados e aquisição de softwares baseados em um paradigma do passado.